terça-feira, 10 de março de 2015

Experiências Extraordinárias - de Rodrigo Garcia Lopes

Lançamento do livro 

Experiências Extraordinárias, 

(Rodrigo Garcia Lopes)

(Kan Editora, 114 págs., R$25). Nesta terça-feira (10), às 19h, 

no Sesc Cadeião Cultural (R. Sergipe, 52)

 

 Poemas contemporâneos

Rodrigo Garcia Lopes lança na próxima terça (10) Experiências Extraordinárias, com textos mais críticos

  • Sandro Moser/Gazeta do Povo
  • 09/03/2015 00:56

 Seis meses após a publicação do elogiado primeiro romance O trovador (Ed. Record), o escritor paranaense Rodrigo Garcia Lopes lança na próxima terça-feira (10) o livro de poemas Experiências Extraordinárias. “Para mim foi natural que, depois de um período de oito anos pesquisando, escrevendo e pensando O trovador, um romance policial, eu voltasse para a poesia”, disse.

O livro é dividido em quatro seções. Idade Mídia fala de temas contemporâneos como a fronteira entre civilização e barbárie. Em seguida, há uma seleção de haicais de Satori Uso, o poeta inventado por Garcia Lopes em 1985. Diálogos traz conversas com alguns escritores que o autor admira, paródias e tradução; e o capítulo final, Experiências Extraordinárias, reúne poemas livres.
Os textos são impregnados de referências que vão da mitologia grega à música pop e refletem o repertório cultural de Garcia Lopes.

Alguém já disse que os escritores criam seus precursores e eu concordo. Acho que quem quer se dedicar à arte da linguagem verbal deve estar sempre curioso e aberto para novas maneiras de escrever poesia, de outra tradição literária, de outras culturas e tempos”, disse.
Alguns eventos ocorridos no período em que o livro foi escrito, entre 2013 e 2014, também são gatilhos para poemas. “Como diria Rimbaud, é preciso ser absolutamente contemporâneo. Eu me considero apenas um poeta do meu tempo”, destaca.

Em dois poemas, faz uma jocosa provocação usando a forma de manchetes sensacionalistas de portais da internet usando personagens importantes da literatura para fazer uma crítica irônica sobre a cultura das celebridades e sobre parte do jornalismo do século 21.

“Em outros livros já haviam poemas que lidavam com a sociedade do espetáculo e nossa idade mídia”, diz o poeta. “Neste livro concentrei alguns poemas mais críticos, que vem combater a ideia de que os poetas hoje escrevem apenas para si mesmos ou estejam distantes da realidade imediata, seja lá o que for isso”, disse.

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