segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Poemazinho III



Ele tinha
um proeminente rei na barriga
e uma crista de galo
amarela
reluzente como coroa de ouro
na cabeça


do alto
de sua dourada empáfia
e realeza
mantinha
meio sorriso
a observar os mortais


tão alto tão alto
nuca enrijecida
para manter a ossatura
do crânio genial


tão louro tão gênio tão exemplar
não observou a ruína
da própria prole
desgarrada
faminta
a abismar-se



* imagem capturada no Google Images

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