sábado, 18 de julho de 2009

sem título



















Os
pés da nuvem entraram na casa logo pela manhã.
Os cabelos pretos encacheados dos pés da nuvem espalharam a luminosidade pela sala inteira.
Os
pés da nuvem e seu corpo tomaram o espaço do que estava ausente num instante.
A voz dos
pés da nuvem arrepiaram a espinha dorsal.
Milimetricamente beijei cada extensão do corpo de
pés da nuvem.
Como se fosse me estender ao longo de um grande deserto avermelhado americano.



imagem capturada no google images - endereço:www.flickr.com/photos/zenog/sets/1503824/

Um comentário:

ricardo aquino disse...

Os pés de nuvens, tão cheios de alvura,
dependem dos ventos para caminhar
e a cada passo nos entortam a imaginação e o olhar!


Belo poema "sem título" seu! Lindo!
com distinta admiração!