Eu gosto muito de cozinhar. Tem sido uma das minhas tarefas diárias por força das circunstâncias, mas não tem se tornado uma rotina cansativa, enfadonha. É tão instigante quanto escrever. Temperar um molho com a mesma intensidade que se tempera uma frase. Gosto de cozinhar com uma trilha sonora. Seja qual dia for. Seja um novo cd, seja a trilha que está no meu notebook, seja assobiando entre um afazer e outro pela cozinha afora. `As quintas, o cardápio é sempre especial. Este é o dia em que minha mãe vem almoçar em minha casa. Eu aprendi a arte da culinária com ela. Enquanto cozinhava no cotidiano, durante a minha infância, ela me levava no colo e eu acompanhava todos os seus movimentos e aprendia, inconscientemente, receitas. Lembro dos petisquinhos e dos privilégios em saborear as primeiras colheradas de uma comida justamente por estar ali com ela diariamente. Foi assim que apurei meus sabores. Tenho retomado esta convivência `as quintas. Fazemos juntas o almoço e aproveito para experimentar receitas sob sua supervisão. Minha mãe é uma mulher suave e delicada no preparo da comida. E com uma intuição para a mistura de sabores que é invejável. Hoje cozinhamos ao som de André Mehmari. Foi lindo.
foto by Fernanda Magalhães
foto by Fernanda Magalhães
2 comentários:
Se você cozinhar tão bem quanto escreve, seus pratos devem ser divinos. Beijos!
Eu quero um 'rango' desses!!!
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