sexta-feira, 9 de julho de 2010

...

Um dia,
assim,
quem sabe,
me aposento.
Vendo tudo de
mais precioso,
rasgo as páginas
dos meus inventos.
E, talvez,
possa sair por aí
de chinelos
havaianas,
sem lenços e documentos,
sem identidade,
para ver tudo de novo
com olhos menos
obcecados,
nublados de vícios
de julgamentos,
tristezas.
Olhar novamente
com mais calma.
E, assim,
talvez,
tudo se torne
invisível,
transparente.

2 comentários:

Eliane disse...

Será que há um jeito das coisas se tornarem invisíveis, a não ser que fechemos os olhos? Queria um meio termo, me aposentar de tantas coisas e de um olhar tão crítico e preconceituoso; mas nunca queria chegar ao ponto de me iludir, de "tapar o sol com peneira", de não ver. Foi o que pensei lendo essa poesia. Linda. Um beijo.

Nancy Macedo disse...

Maravilhoso !!!!

beijo

Nancy